Livro-reportagem O Nome da Morte autor o jornalista Klester Cavalcanti




                 História de hollywood?

A obra O Nome da Morte é do mesmo autor de Viúvas da Terra –obra vencedora do prêmio Jabuti 2005, o jornalista Klester Cavalcanti. No livro-reportagem Nome da Morte publicado pela Editora paulista Planeta do Brasil no ano de 2006 - o autor além de reproduzir a historia real do personagem principal Júlio Santana, homem que já matou 492 pessoas - em 35 anos de carreira. Depois de matar, Júlio Santana reza dez ave-marias e vinte pai-nossos para pedir perdão. Tem medo de acabar no inferno.

“A vida real é muito mais absurda do que a ficção”, palavras de João Ubaldo Ribeiro. Nas 245 páginas divida em nove subtítulos klester de forma minuciosa apresenta ao leitor a historia de um brasileiro pistoleiro por profissão nascido na região da floresta Amazônica. Klester reconstitui cenas, diálogos, paisagens, gestos e conflitos internos do protagonista.
A nota do autor escrita por Klester esclarece e detalha como foram os encontros, sendo o primeiro contato no ano de 1999 quando era correspondente da revista Veja na Amazônia.
Aos 17 anos de idade apedido de seu tio Cicero Santana, em 1971, Júlio Santana - fez sua primeira vítima: o pescador Antônio Martins, 38 anos de idade - conhecido pelo apelido de “Amarelo”, que havia abusado sexualmente de uma garotinha de 13 anos. A morte de “Amarelo” foi encomendada pelo pai da menina.  
Por ter boa mira e sua habilidade em se localizar na floresta, Júlio por intermédio de seu tio Cícero acaba se tornando durante o período de dois meses guia dos militares do exército no ano de 1972 - época do Governo Militar. Os exercito estava à caça de comunista que se refugiavam no meio da selva amazônica “20 cruzeiros de diária. Se você ficar com eles por dois meses, vai ganhar 1200 cruzeiros (quase seis salários mínimos da época, que era de 225 crezeiros)”, trecho retirado do livro O Nome da Morte, pags 61 e 62.
No quinto subtítulo o autor relata a participação de Julio na captura de José Genoino na região de Xambioá - no então estado de Goiás. Com um tiro certeiro o jovem derrubou Genoino, que foi torturado pelo delegado Carlos Marra e seus comandados.  A presença de Julio no grupo não passou despercebido por Genoino “Perceber uma certa preocupação daquele que, a seus olhos, parecia o mais jovem do grupo que o capturara deixou-o confuso”, trecho do livro O Nome da Morte, pag 102.   
Duas foram às mortes pelo qual ouve erro por parte de Júlio, a primeira está descrita no sexto subtítulo aconteceu quando ainda estava a serviço do exército em Xambioá durante a Guerilha do Aragauia. Maria Lúcia Petit aos 22 anos foi atingida por dois tiros, sendo que o tiro fatal atingiu a cabeça disparo esse feito por Júlio Santana “calado e macambúzio... Naquele exato momento, ocorreu-lhe que não sabia sequer o nome da jovem. No mesmo instante, acreditou que seria melhor são saber mesmo”, trecho do livro O Nome da Morte, pag 138.
 Durante toda sua carreira Júlio que se utilizava do nome “Jorge” em seus trabalhos foi preso somente uma vez em maio de 1987, sendo solto após dar sua moto ao delegado em troca da liberdade.


Analise
Como o jornalista Geneton Morais Neto autor de livros-reportagens como Dossiê Brasília: os segredos dos presidentes e Dossiê Moscou e responsável pelo prefacio do livro O Nome da Morte percebo que Klester Cavalcante realizou um trabalho exímio de verificação dos fatos e informações, pois não se apegou somente a historia do matador “Klester faz parte da matilha de fuçadores de boas historias e belos personagens... a descoberta de historias e personagens capazes de saciar a fome de novidades que move e anima as redações”, trecho do prefacio livro O Nome da Morte, pag 12.
O termo “Arqueologia Jornalística” é usado por Geneton ao se referir sobre o trabalho realizado por Klester nesta obra, que foi finalizada após sete anos de pesquisa e entrevista. No decorrer da leitura outros instrumentos (fotos, entrevistas com familiares e vitimas) utilizados para contextualizar e provar a veracidade dos fatos faz do livro ainda mais interessante e envolvente “(aviso aos navegantes: o homem que matou centenas de pessoas é uma dessas figuras inacreditáveis que fazem do Brasil um colo rido catálogo de espantos...”, trecho retirado do prefacio livro O Nome da Morte, pag 11.
Autor
Klester Cavalcanti , natural de Recife passou pela revista Veja ,VIP  e Contigo. Em 2004, Cavalcanti lançaria seu segundo livro-reportagem, "Viúvas da Terra - Morte e Impunidade nos Rincões do Brasil (Planeta)", pelo qual levou o Prêmio Jabuti 2005. O Nome da Morte é o terceiro livro do jornalista que também é autor de Direito da Selva, em que narra as histórias que viveu no período em que trabalhou na Amazônia.

Acadêmica Queiteane Cintia Martins Rodrigues do Curso de Comunicação Social-Jornalismo da Universidade Federal de Rondônia campus Vilhena.



Fonte de pesquisa:
O Nome da Morte, Klester Cavalcanti editora Planeta.
http://www.entretantos.com.br/2007/11/o-nome-da-morte-de-klester-cavalcanti/

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